Como funciona a fertilização in vitro? Descubra o processo que transforma sonhos em realidade 

Stepanov Zotov
Stepanov Zotov
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Nathalia Belletato

A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução assistida que ajuda casais com dificuldades para engravidar. Como enfatiza a enfermeira Nathalia Belletato, o processo envolve a fertilização de óvulos e espermatozóides em laboratório, com os embriões sendo transferidos para o útero. Embora ofereça esperança para muitos, o sucesso da FIV depende de fatores como idade e saúde dos gametas. Além disso, pode ser um processo emocionalmente e financeiramente desafiador. 

Continue lendo para entender mais sobre cada etapa do procedimento e suas principais considerações!

Como ocorre a coleta de óvulos e espermatozóides?

O primeiro passo na FIV é a estimulação dos ovários da mulher para produzir vários óvulos maduros, o que é feito com medicamentos hormonais. Após a maturação, os óvulos são coletados por meio de um procedimento chamado aspiração folicular, que utiliza uma agulha fina guiada por ultrassom. Esse processo geralmente é realizado sob sedação para minimizar o desconforto. Ao mesmo tempo, o parceiro masculino fornece uma amostra de espermatozóides, que é preparada em laboratório.

Conforme explica Nathalia Belletato, os espermatozóides são então selecionados com base na sua motilidade e morfologia, garantindo que os melhores sejam usados para a fertilização. Se necessário, a fertilização pode ser realizada por injeção intracitoplasmática de espermatozóide (ICSI), uma técnica que injeta um único espermatozóide diretamente no óvulo. Esse método é usado em casos de baixa contagem de espermatozóides ou problemas de mobilidade.

Como é feita a fertilização em laboratório?

Como pontua Nathalia Belletato, após a coleta dos óvulos e espermatozóides, a fertilização ocorre em laboratório. Os óvulos são colocados em uma solução especial junto com os espermatozóides, onde a fertilização acontece de forma natural. O embrião resultante começa a se dividir e se desenvolver, e os embriologistas monitoram esse processo para garantir que os embriões estejam saudáveis.

A fertilização pode levar de três a cinco dias, e apenas os embriões mais saudáveis e viáveis são selecionados para a transferência ao útero. A qualidade dos embriões é avaliada para aumentar as chances de sucesso do procedimento. Dependendo do caso, pode-se optar por congelar embriões para futuras tentativas ou transferência de múltiplos embriões para aumentar as chances de gravidez.

Como é a transferência dos embriões?

Uma vez que os embriões estejam prontos, é feita a transferência para o útero da mulher. Esse é um procedimento simples e indolor, realizado com o auxílio de um cateter fino. O número de embriões a serem transferidos depende de vários fatores, incluindo a idade da mulher e a qualidade dos embriões. Normalmente, transfere-se de um a dois embriões para evitar o risco de gravidez múltipla.

Conforme observa Nathalia Belletato, após a transferência, a mulher passa por um período de repouso, e o desenvolvimento do embrião é monitorado por meio de exames de sangue e ultrassonografias. O teste de gravidez é realizado após cerca de duas semanas. Caso a implantação seja bem-sucedida, a gravidez segue de maneira normal, como qualquer gestação natural.

Quais são os principais fatores que influenciam o sucesso da FIV?

Segundo Nathalia Belletato, diversos fatores influenciam o sucesso da fertilização in vitro, sendo a idade da mulher um dos mais determinantes. Mulheres abaixo de 35 anos têm maior chance de sucesso, enquanto a taxa de sucesso diminui com o aumento da idade. A qualidade dos óvulos e espermatozóides também é essencial para o sucesso do procedimento, assim como a saúde geral da mulher, incluindo seu histórico médico e estilo de vida.

Outros fatores, como a experiência da clínica e do médico responsável pelo procedimento, também podem impactar os resultados. Tecnologias avançadas e métodos de laboratório sofisticados contribuem para melhorar as taxas de sucesso. No entanto, é importante lembrar que, mesmo com todos os avanços, a FIV não garante 100% de sucesso, e cada caso deve ser tratado individualmente.

Quais são as considerações emocionais e financeiras da FIV?

Além dos desafios físicos, a fertilização in vitro pode ser emocionalmente exaustiva para muitos casais. O processo pode envolver várias tentativas antes de um resultado positivo, o que pode gerar ansiedade e frustração. Como evidencia a enfermeira Nathalia Belletato, é comum que os casais passem por altos e baixos emocionais, especialmente com a incerteza dos resultados. Por isso, o suporte psicológico é fundamental durante o tratamento de FIV.

Outro aspecto importante a ser considerado é o custo. A FIV pode ser uma opção cara, e nem todos os casais têm acesso a seguros ou recursos financeiros para arcar com o tratamento. Cada tentativa pode envolver altos custos, desde medicamentos hormonais até os procedimentos laboratoriais. Antes de optar pela FIV, é crucial que os casais estejam preparados financeiramente e emocionalmente para as possíveis demandas do processo.

FIV: uma jornada de esperança e desafios para a parentalidade

Fica claro, portanto, que a fertilização in vitro é uma solução revolucionária para casais que enfrentam dificuldades para engravidar. Embora envolva uma série de etapas complexas e desafios emocionais, ela oferece esperança para muitos que desejam ter filhos. Compreender cada fase do processo, desde a coleta de gametas até a transferência embrionária, é essencial para que os casais estejam preparados para as demandas físicas e emocionais do tratamento. Além disso, considerar os fatores de sucesso e as implicações financeiras ajuda a planejar o caminho para a parentalidade de maneira mais consciente e informada.

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