Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca que microplásticos, metais pesados e compostos orgânicos persistentes já compõem um cenário crítico para a fertilidade humana, pois interagem com o sistema endócrino e induzem estresse oxidativo em ovários e testículos. Segundo a literatura, partículas plásticas carregam aditivos como ftalatos e BPA, além de adsorver agrotóxicos e hidrocarbonetos, potencializando a toxicidade. Assim, “microplásticos” e “poluentes ambientais” configuram palavras-chave essenciais para compreender riscos sobre a reserva ovariana, a espermatogênese e a receptividade endometrial.
De acordo com análises toxicológicas, a fragmentação de plásticos e a bioacumulação de contaminantes aumentam a exposição por ingestão, inalação e contato dérmico. Observa-se que a ausência de barreiras efetivas ao longo da cadeia produtiva e do consumo dificulta controlar doses e sinergias. Nesse contexto, a avaliação reprodutiva exige integrar biomarcadores hormonais, inflamatórios e de dano ao DNA para captar o efeito combinado dessas moléculas.
Rotas de exposição e mecanismos de dano reprodutivo
De acordo com Tosyn Lopes, os microplásticos <5 mm translocam pelo trato gastrointestinal, alcançam tecidos por via linfática e podem penetrar barreiras biológicas, atuando como vetores de aditivos e solventes. Ressalta-se que metais como cádmio e chumbo, além de solventes orgânicos, elevam espécies reativas de oxigênio, prejudicam mitocôndrias e reduzem energia disponível para maturação oocitária e motilidade espermática.

Frisa-se, ainda, que o contato ocupacional em indústrias têxtil, petroquímica e de reciclagem amplia o risco reprodutivo. Analisa-se que a soma de microplásticos com solventes e agrotóxicos gera efeitos subletais cumulativos, comprometendo a esteroidogênese e a integridade de membranas celulares em gametas e células de suporte.
Disruptores endócrinos: Do eixo hormonal aos gametas
Oluwatosin Tolulope Ajidahun evidencia que ftalatos, BPA e PFAS funcionam como disruptores endócrinos, modulando receptores de estrogênio, andrógeno e progesterona. Menciona-se que essas interações alteram pulsos de GnRH, reduzem LH/FSH e desorganizam a foliculogênese, o que se traduz em ciclos irregulares e ovulação imprevisível.
De acordo com estudos experimentais, compostos perfluorados acumulam-se no tecido adiposo e no fígado, interferindo na síntese de hormônios e na homeostase glicídica. Aponta-se que tal cenário agrava resistência à insulina e inflamação de baixo grau, fatores que pioram a receptividade endometrial e elevam taxas de falha de implantação.
Evidências clínicas e marcadores de risco
Tosyn Lopes comenta que correlações entre níveis urinários de ftalatos e menor contagem e motilidade espermática são recorrentes em coortes urbanas. Acrescenta-se que a fragmentação de DNA espermático e alterações na morfologia aumentam conforme a exposição crônica, afetando a probabilidade de fecundação e a qualidade embrionária inicial.
Observa-se, em paralelo, que mulheres com maior carga de BPA e PFAS exibem menor reserva ovariana estimada por AMH e AFC. Elucida-se que marcadores como 8-OHdG (dano oxidativo ao DNA) e MDA (peroxidação lipídica) sobem com a exposição, servindo de alerta para intervenções ambientais e clínicas direcionadas.
Prevenção, políticas e caminhos clínicos
Oluwatosin Tolulope Ajidahun propõe abordagem hierárquica: substituir plásticos com aditivos críticos, reduzir embalagens descartáveis, priorizar água filtrada e evitar aquecer alimentos em recipientes plásticos. Sugere-se, em ambientes industriais, ventilação eficiente, EPIs adequados e monitoramento biológico periódico, mitigando a dose efetiva de exposição reprodutiva.
De acordo com boas práticas clínicas, recomenda-se triagem laboratorial que inclua perfil gonadotrófico, esteroides sexuais, espermograma com testes de integridade de cromatina e avaliação de estresse oxidativo. Detalha-se que intervenção nutricional com antioxidantes dietéticos (vitaminas C e E, polifenóis), correção de vitamina D e manejo de inflamação sistêmica favorecem a qualidade gamética e a receptividade endometrial.
Pesquisa translacional e responsabilidade coletiva
Tosyn Lopes reforça que modelos in vitro e organoides reprodutivos, aliados a análises ômicas, aceleram a identificação de vias de toxicidade e de limiares seguros. Sinaliza-se que dados de vigilância ambiental integrados a registros clínicos de fertilidade permitirão mapear hotspots de risco e orientar políticas públicas locais.
Por fim, nota-se que a redução de poluentes demanda corresponsabilidade: indústria, reguladores e consumidores. Evidencia-se que metas de economia circular, rotulagem clara de aditivos e incentivos a materiais alternativos podem diminuir a carga tóxica reprodutiva. Assim, políticas integradas e educação em saúde ampliam as chances de concepção saudável em populações expostas.
Autor: Stepanov Zotov
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