Impactos dos microplásticos e poluentes ambientais na fertilidade humana

Stepanov Zotov
Stepanov Zotov
5 Min Read
Oluwatosin Tolulope Ajidahun explica como microplásticos e poluentes estão afetando a saúde reprodutiva global.

Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca que microplásticos, metais pesados e compostos orgânicos persistentes já compõem um cenário crítico para a fertilidade humana, pois interagem com o sistema endócrino e induzem estresse oxidativo em ovários e testículos. Segundo a literatura, partículas plásticas carregam aditivos como ftalatos e BPA, além de adsorver agrotóxicos e hidrocarbonetos, potencializando a toxicidade. Assim, “microplásticos” e “poluentes ambientais” configuram palavras-chave essenciais para compreender riscos sobre a reserva ovariana, a espermatogênese e a receptividade endometrial.

De acordo com análises toxicológicas, a fragmentação de plásticos e a bioacumulação de contaminantes aumentam a exposição por ingestão, inalação e contato dérmico. Observa-se que a ausência de barreiras efetivas ao longo da cadeia produtiva e do consumo dificulta controlar doses e sinergias. Nesse contexto, a avaliação reprodutiva exige integrar biomarcadores hormonais, inflamatórios e de dano ao DNA para captar o efeito combinado dessas moléculas.

Rotas de exposição e mecanismos de dano reprodutivo

De acordo com Tosyn Lopes, os microplásticos <5 mm translocam pelo trato gastrointestinal, alcançam tecidos por via linfática e podem penetrar barreiras biológicas, atuando como vetores de aditivos e solventes. Ressalta-se que metais como cádmio e chumbo, além de solventes orgânicos, elevam espécies reativas de oxigênio, prejudicam mitocôndrias e reduzem energia disponível para maturação oocitária e motilidade espermática.

A exposição ambiental é um fator silencioso, mas crescente, na infertilidade moderna, alerta Oluwatosin Tolulope Ajidahun.
A exposição ambiental é um fator silencioso, mas crescente, na infertilidade moderna, alerta Oluwatosin Tolulope Ajidahun.

Frisa-se, ainda, que o contato ocupacional em indústrias têxtil, petroquímica e de reciclagem amplia o risco reprodutivo. Analisa-se que a soma de microplásticos com solventes e agrotóxicos gera efeitos subletais cumulativos, comprometendo a esteroidogênese e a integridade de membranas celulares em gametas e células de suporte.

Disruptores endócrinos: Do eixo hormonal aos gametas

Oluwatosin Tolulope Ajidahun evidencia que ftalatos, BPA e PFAS funcionam como disruptores endócrinos, modulando receptores de estrogênio, andrógeno e progesterona. Menciona-se que essas interações alteram pulsos de GnRH, reduzem LH/FSH e desorganizam a foliculogênese, o que se traduz em ciclos irregulares e ovulação imprevisível.

De acordo com estudos experimentais, compostos perfluorados acumulam-se no tecido adiposo e no fígado, interferindo na síntese de hormônios e na homeostase glicídica. Aponta-se que tal cenário agrava resistência à insulina e inflamação de baixo grau, fatores que pioram a receptividade endometrial e elevam taxas de falha de implantação.

Evidências clínicas e marcadores de risco

Tosyn Lopes comenta que correlações entre níveis urinários de ftalatos e menor contagem e motilidade espermática são recorrentes em coortes urbanas. Acrescenta-se que a fragmentação de DNA espermático e alterações na morfologia aumentam conforme a exposição crônica, afetando a probabilidade de fecundação e a qualidade embrionária inicial.

Observa-se, em paralelo, que mulheres com maior carga de BPA e PFAS exibem menor reserva ovariana estimada por AMH e AFC. Elucida-se que marcadores como 8-OHdG (dano oxidativo ao DNA) e MDA (peroxidação lipídica) sobem com a exposição, servindo de alerta para intervenções ambientais e clínicas direcionadas.

Prevenção, políticas e caminhos clínicos

Oluwatosin Tolulope Ajidahun propõe abordagem hierárquica: substituir plásticos com aditivos críticos, reduzir embalagens descartáveis, priorizar água filtrada e evitar aquecer alimentos em recipientes plásticos. Sugere-se, em ambientes industriais, ventilação eficiente, EPIs adequados e monitoramento biológico periódico, mitigando a dose efetiva de exposição reprodutiva.

De acordo com boas práticas clínicas, recomenda-se triagem laboratorial que inclua perfil gonadotrófico, esteroides sexuais, espermograma com testes de integridade de cromatina e avaliação de estresse oxidativo. Detalha-se que intervenção nutricional com antioxidantes dietéticos (vitaminas C e E, polifenóis), correção de vitamina D e manejo de inflamação sistêmica favorecem a qualidade gamética e a receptividade endometrial.

Pesquisa translacional e responsabilidade coletiva

Tosyn Lopes reforça que modelos in vitro e organoides reprodutivos, aliados a análises ômicas, aceleram a identificação de vias de toxicidade e de limiares seguros. Sinaliza-se que dados de vigilância ambiental integrados a registros clínicos de fertilidade permitirão mapear hotspots de risco e orientar políticas públicas locais.

Por fim, nota-se que a redução de poluentes demanda corresponsabilidade: indústria, reguladores e consumidores. Evidencia-se que metas de economia circular, rotulagem clara de aditivos e incentivos a materiais alternativos podem diminuir a carga tóxica reprodutiva. Assim, políticas integradas e educação em saúde ampliam as chances de concepção saudável em populações expostas.

Autor: Stepanov Zotov 

As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.

 

Share This Article
Leave a comment