Brasil

Bolsas caem após PIB da China e antes de agenda cheia nos EUA; varejo no Brasil e mais destaques

Os mercados mundiais amanheceram em baixa (17), depois que o crescimento do produto interno bruto (PIB) da China no quarto trimestre ficou levemente abaixo estimativas (mas que já tinha sido antecipado em Davos pelo premiê chinês) e antes da divulgação de dados do varejo americano. Em dia de agenda cheia nos EUA, os investidores seguem de olho em mais sinais diante de um cenário de aversão a risco nos mercados globais em meio a dúvidas sobre o início do ciclo de cortes de juros na maior economia do mundo.

No Brasil, também saem números do setor varejista de novembro, com consenso LSEG prevendo alta mensal de 0,1% e de 2,1% na base anual. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem (16) que terá duas reuniões ainda nesta semana para discutir a MP que reonera folha de pagamentos. Uma das audiências será com o presidente Lula, e outra com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com baixa, à medida que investidores se preparam divulgação das vendas no varejo de dezembro, que poderão oferecer mais informações sobre a saúde do consumidor ou contribuir para preocupações de crescimento, caso os gastos diminuam.

A temporada de resultados corporativos continua nesta quarta-feira com resultados de Charles Schwab, US Bancorp e Prologis. O livro bege e os dados dos estoques empresariais também estão programados para quarta-feira, juntamente com comentários do presidente do Fed de Nova York, John Williams.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Dow Jones Futuro (EUA), -0,27%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,42%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,74%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam em baixa generalizada, após uma enxurrada de dados econômicos provenientes da China apontarem para uma recuperação fraca, deixando os investidores desanimados e ainda mais interessados ​​em medidas de estímulo adicionais por parte de Pequim. A economia chinesa cresceu 5,2% no 4º trimestre do ano passado, abaixo das expectativas de um crescimento de 5,3% previsto por economistas consultados pela Reuters.

Shanghai SE (China), -2,09%
Nikkei (Japão), +0,40%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,40%
Kospi (Coreia do Sul), -2,47%
ASX 200 (Austrália), -0,29%
Europa
Os mercados europeus operam no campo negativo, enquanto o foco da região permanece no Fórum Econômico Mundial que se realiza esta semana em Davos, na Suíça. Na frente de dados, a inflação no Reino Unido surpreendeu com um aumento para 4% em termos anuais em dezembro. Economistas consultados pela Reuters previam um declínio modesto no índice anual de preços ao consumidor para 3,8%.

FTSE 100 (Reino Unido), -1,38%
DAX (Alemanha), -0,96%
CAC 40 (França), -1,19%
FTSE MIB (Itália), -0,90%
STOXX 600, -1,15%
Commodities
As cotações do petróleo caem à medida que o dólar mais forte compensa os riscos de perturbações no Mar Vermelho. Os conflitos em curso no Mar Vermelho aumentaram as preocupações dos petroleiros terem de evitar a área, aumentando os custos e a quantidade de tempo para entregas.

Já as cotações do minério de ferro na China fecharam no vermelho após dados fracos da China.

Petróleo WTI, -1,67%, a US$ 71,19 o barril
Petróleo Brent, -1,52%, a US$ 77,10 o barril
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 0,75%, a 926,00 iuanes, o equivalente a US$ 129,21
Bitcoin
Bitcoin, -0,97% a US$ 42.769,92 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

  1. Agenda
    A agenda desta quarta-feira é marcada por dados de venda no varejo no Brasil e nos EUA, além da produção industrial americana de dezembro.

Brasil

8h: IGP-10 de janeiro; consenso LSEG prevê alta mensal de

9h: Vendas no varejo de novembro; consenso LSEG prevê alta mensal de 0,1% e de 2,1% na base anual

EUA

10h30: Vendas no varejo de dezembro; consenso LSEG prevê alta mensal de 0,4%

10h30: Preços de importados de dezembro

11h15: Produção industrial de dezembro; consenso LSEG prevê projeta estabilidade na comparação com novembro

12h: Estoques empresariais

16h: Livro Bege

  1. Noticiário econômico
    Haddad estima em R$ 32 bi de impacto com desonerações

A renúncia fiscal com a derrubada do veto à desoneração da folha de pagamento e com o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) está estimada em R$ 32 bilhões para este ano, disse nesta terça o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele deu os números após o governo refazer os cálculos do impacto das medidas.

Haddad informou que se reunirá nesta quarta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir os resultados das primeiras negociações em torno do tema com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O ministro também disse que conversará pessoalmente com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, nesta quinta (18) ou sexta-feira (19). Haddad afirmou ter conversado por telefone com Lira.

  1. Noticiário político
    Lei que cria Ministério do Empreendedorismo é sancionada

O presidente Lula sancionou na última terça a lei que cria o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, que representa a 38ª pasta do governo petista. O ministério, sob gestão de Márcio França (PSB), foi criado na reforma ministerial realizada por Lula para acomodar o Centrão e garantir a governabilidade do governo no Congresso. A pasta é um desdobramento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, hoje sob chefia do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

  1. Radar Corporativo
    Inter (INBR32)
    O Inter (INBR32) anunciou nesta terça-feira (16) que entrou com pedido de uma oferta pública subsequente de até 32 milhões de suas ações ordinárias Classe A na Securities and Exchange Commission (SEC). De acordo com comunicado, o Inter&Co pretende utilizar os recursos da oferta para fins corporativos gerais.

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