Vereadores de São Paulo já pediram licença remunerada em 23 oportunidades
O atual mandato dos vereadores de São Paulo começou oficialmente em 1 de janeiro deste ano, e desde então, eles têm demonstrado uma tendência a se ausentar do Palácio Anchieta para realizar viagens tanto pelo Brasil quanto para outros países. Em oito meses de trabalho, incluídos quase dois meses de recesso no meio, 23 parlamentares já pediram licença remunerada da Câmara Municipal.
De acordo com um levantamento realizado pela TV Globo e pelo g1, até a última sexta-feira (22), 21 viagens foram solicitadas pelos vereadores. Essas viagens somam, no total, 97 dias de ausência remunerada e justificada dos trabalhos no Palácio Anchieta. É importante destacar que as viagens podem ser divididas em dois tipos: individuais e comitivas.
As viagens individuais são aquelas realizadas pelos vereadores sozinhos, enquanto as comitivas envolvem a presença de mais de um parlamentar. Segundo o levantamento, as viagens individuais mais longas e com mais dias de trabalho remunerados foram solicitadas por dois vereadores: Sansão Pereira (Republicanos) e Kenji Ito (Podemos). Sansão Pereira pediu licença para ir a um evento de 3 dias em Orlando, nos EUA, ficando fora por 10 dias, enquanto Kenji Ito solicitou 10 dias de licença para participar de um festival de cultura pop na Coreia do Sul.
É importante notar que as viagens realizadas pelos vereadores não são apenas para lazer ou entretenimento. Muitas delas têm como objetivo a promoção da cidade de São Paulo e o estabelecimento de parcerias com outros municípios ou países. No entanto, a questão da licença remunerada é um tema polêmico, pois muitos questionam se os vereadores estão utilizando esse benefício para fins pessoais.
Além disso, a ausência dos vereadores pode impactar negativamente o trabalho da Câmara Municipal, especialmente em momentos de crise ou quando há necessidade de tomada de decisões importantes. É fundamental que os parlamentares estejam atentos aos seus deveres e compromissos com a cidade de São Paulo, garantindo que suas ausências sejam justificadas e não prejudiquem o funcionamento da instituição.