Veja com Agenor Vicente Pelissa, como práticas agrícolas podem reduzir a emissão de gases de efeito estufa no cultivo da soja

Stepanov Zotov
Stepanov Zotov
5 Min Read
Agenor Vicente Pelissa

A soja é uma das culturas mais importantes do mundo, desempenhando um papel fundamental na alimentação global. Entretanto, como ressalta Agenor Vicente Pelissa, empresário e produtor rural, a expansão de áreas de cultivo e as práticas agrícolas utilizadas no processo de produção podem resultar em um aumento das emissões de gases de efeito estufa. Desse modo, com a crescente conscientização sobre as mudanças climáticas, tem-se buscado alternativas para mitigar esse impacto, promovendo práticas agrícolas mais sustentáveis. Mas quais são elas?

Ao longo desta leitura, vamos explorar algumas dessas abordagens que podem diminuir o acúmulo e o impacto dos gases de efeito estufa.

Quais práticas agrícolas podem reduzir as emissões de gases de efeito estufa?

Uma das principais maneiras de reduzir as emissões de gases é o uso de técnicas de plantio direto. Essa prática consiste em semear a soja sem revolver o solo, o que ajuda a preservar a matéria orgânica no solo e reduzir a liberação de carbono. Além disso, segundo Agenor Vicente Pelissa, o plantio direto diminui o risco de erosão e melhora a infiltração de água, o que torna o solo mais saudável e produtivo. 

Com isso, a emissão de gases como o CO2, que é liberado na atmosfera durante o cultivo tradicional, é consideravelmente reduzida. Outra prática importante para mitigar as emissões de gases é a rotação de culturas. Já que, ao alternar o cultivo de soja com outras plantas, como milho ou feijão, o solo é melhor aproveitado e os nutrientes são mantidos de maneira mais equilibrada. 

Isso diminui a necessidade de fertilizantes químicos, que liberam óxidos de nitrogênio, um dos principais gases de efeito estufa. Ademais, a rotação de culturas pode aumentar a biodiversidade e a resistência das plantações às doenças e pragas, o que reduz a dependência de pesticidas e herbicidas.

Como a tecnologia pode ajudar na redução de emissões?

A tecnologia tem sido uma grande aliada na agricultura moderna, especialmente no que diz respeito à redução de emissões de gases de efeito estufa. De acordo com o agricultor Agenor Vicente Pelissa, ferramentas como sensores e drones podem monitorar a saúde do solo e das plantas em tempo real, permitindo que os agricultores ajustem suas práticas de manejo de forma mais precisa. Por exemplo, a aplicação de fertilizantes pode ser otimizada, evitando o desperdício de recursos e minimizando as emissões associadas ao uso excessivo de produtos químicos.

A integração da pecuária e agricultura pode reduzir o impacto climático?

A integração da soja com a pecuária é uma prática que pode ser muito benéfica para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Pois, ao integrar áreas de pastagem com lavouras de soja, é possível otimizar o uso da terra, evitando a expansão desnecessária de áreas de desmatamento. Isso reduz a pressão sobre as florestas e contribui para a preservação do carbono armazenado nesses ecossistemas.

Além disso, conforme expõe o agropecuarista Agenor Vicente Pelissa, a rotação de pastagem com soja ajuda a manter o solo mais saudável e produtivo, o que reduz a necessidade de fertilizantes e outras substâncias que geram emissões. Aliás, essa abordagem também pode melhorar a gestão do uso da água, além de oferecer vantagens econômicas para os produtores, que podem diversificar suas fontes de renda. Assim, a combinação de agricultura e pecuária, quando bem planejada, pode ser uma solução eficiente para reduzir o impacto climático da produção de soja.

Os caminhos para uma agricultura mais sustentável já estão presentes

Em conclusão, as práticas agrícolas têm uma função de grande importância na redução das emissões de gases de efeito estufa e, quando bem aplicadas, podem transformar a produção de soja em um processo mais sustentável. Dessa maneira, ao adotar essas práticas, é possível garantir que a produção de soja continue a crescer de forma responsável, sem comprometer o futuro do nosso planeta.

Share This Article
Leave a comment